domingo, 31 de março de 2013

Apoio à Presidenta Dilma e desprezo a Fiúza, truta medíocre

O flagelo de Tântalo
A carvoaria titânica sempre prescindiu do diálogo para moer futuros possíveis, haja vista Cronos e Réia, Úrano e Géia, Prometeus, Tântalo e até Hades e Perséfone e a chantagem suprema de Démeter.

Semelhante ocorre em todas as épocas em que oposição (ou até os meros reclamões de sempre) se utiliza da falácia da solução perfeita para tentar desgastar o (ou só reclamar do) governo presente.

Não entrarei aqui no debate implícito entre Leibniz e Spinoza sobre a possibilidade do que existe (cosmológico) e a impossibilidade do que não existe (ontológico), mas preciso citar Leibniz e o seu cálculo de que vivemos no melhor dos mundos possíveis (a despeito da tentativa de Voltaire de ridicularizá-lo). Como Leibniz bem esclareceu, há proporcionalidade entre as perfeições, o que leva-nos à simples conclusão de que precisamos dar peso ao nosso intento de atingir o supremo em algo na existência.


Cronos - Goya
Nada mais se relaciona com a pesagem de intenções, interesses e metas do que um governo. E é isso que eu levo em conta. Não considero o governo Dilma um desastre por ter desalojado alguns índios de suas moradas. Nem por ter deixado as famílias desabrigadas até hoje após as tragédias das chuvas no Rio de Janeira há 2 anos. Esses são os grãos de areia que inveitavelmente nos escorrem pelos dedos todos os dias. Assim como não gastamos todas as nossas economias comprando Volvos para garantirmos a máxima segurança a nossos filhos, não podemos exigir que no cálculo utilitarista de um governo popular seja redirecionado a cada soluço em um país de quase 200 milhões de habitantes.

Samuel Johnson disse que o últimjo refúgio dos canalhas é o patriotismo, e os reaças raivosos adoram citar essa frase quando algum populista se refugia no bunker do nacionalismo para tentar arregimentar mais correligionários. Mas eles nunca se perguntaram quais são os "penúltimos" refúgios. Como todo bom estatístico sabe, os últimos de qualquer distribuição só são atingidos pelos "outliers". Logo, apenas os geniais - ou os extremamente patéticos - efetivamente atingem o último grau na canalhice. Os medíocres circundam os 2 desvios-padrão para cima e para baixo.

: Afinal, o que mais fez o tal do Fiúza hoje? (Texto do Guilherme Fiúza) Pescou 2 fatos e montou o caos! O Império Romano foi um fiasco pq uns 4 lavradores morreram de fome na República e uns escravos morreram afogados em uma ilhota grega!

myth of persephone and hades
Hades e Perséfone

O que o Fiúza fez hoje? Sim, chafurdou barbosamente nessa lama medíocre dos penúltimos refúgios dos canalhas com o discurso falacioso de que uma porca solta representa o fracasso de todo o programa espacial mundial.

Alguns podem me perguntar: e quais seriam os demais penúltimos refúgios dos canalhas? Não os saberia listar assim, de pronto, mas posso suscitar alguns de cabeça:

Deflexão; Ironia; Trocadilhos; Comparações maldosas; Personalismo; Denuncismo; Falso desespero; Moralismo; Coitadismo; Bom-gostismo etc.

Xupa truta! Até achei que você era um cara educado pela forma como se portou na entrevista do Zé Dirceu no Roda Viva, mas você é só mais um...

Um comentário:

  1. Excelente texto finalizando com a maior das verdades: O tal Fiúza "se acha", mas é só mais um ... rola-bosta.

    Alfredo - Manaus/Am

    ResponderExcluir