quinta-feira, 28 de março de 2013

Reinaldo Azevedo, truta defensor de truta homofóbico!

Eles são contra isso!

Reinaldo Azevedo, defensor de Deus (e Alá, por tabela!), reclama das ações (http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/ainda-o-beijo-na-boca-e-uma-democracia-sob-tutela-ou-abaixo-o-fascismo-ilustrado/) contra o pastor Marco Feliciano, acusando os defensores da pluralidade sexual de aproveitarem-se da "omissão" de certos setores da imprensa.

Bem, George Orwell já conhecia essa imprensa enganadora, e atribuía, mesmo que indiretamente, a culpa disso à sua centralização, como ocorre hoje no Brasil, nos Estados Unidos e ainda na Inglaterra:

Na Inglaterra, onde a imprensa se acha mais centralizada e o público é mais facilmente iludido do que em outros países, apenas duas versões da guerra espanhola mereceram qualquer divulgação: a versão direitista dos patriotas cristãos versus bolchevistas dos quais gotejava o sangue das vítimas, e a versão esquerdista de republicanos cavalheirescos que sufocavam uma rebelião militar. A questão central em jogo foi encoberta.

E a citação sobre o fascismo também fez parte do mesmo texto do grande escritor:

O que aconteceu na Espanha, na verdade, não foi apenas uma guerra civil, mas o inicio de uma revolução. É este o fato que a imprensa antifascista fora da Espanha tratou de obscurecer. A questão viu-se reduzida a "fascismo versus democracia", e o aspecto revolucionário da coisa toda foi oculto tanto quanto possível.

Ou seja, o problema é quando a imprensa tem lado! E Reinaldo Azevedo tem lado! Sempre se posicionará contra os grupos progressistas e do lado dos conservadores. Exige que os inimigos sejam Micerinos (leiam o pai da História, Heródoto), mas clama por respeito ao seu ladismo, sempre parecendo citar o Alcorão, que recrimina a parcialidade pelo rico e pelo pobre. Claro que Huxley as condena em qualquer esfera, mas especialmente nas religiões. Logo, Huxley considera nosso Reinaldo Azevedo anátema sublime, pois o faz acobertado pela democracia para defender a própria religião!

Reinaldinho adora também (ao contrário de nossas belas amigas da foto de nosso intróito, Alexis Texas e Tori Black!) o termo desqualificar, apesar de odiar Foucault, por suas inclinações marxistas. Mas convenientemente se esquece de que quem mais abordou o tema das desqualificações foi o próprio francês. Segue um trecho que poderia se aplicar perfeitamente ao que Reinaldinho faz ao "twistar" a verdade:

A verdade aí [no contexto dos que distorcem a relaidade para um mero jogo de versões, como tenta fazer Reinaldinho] não é aquilo que é, mas aquilo que se dá: acontecimento. Ela não é encontrada mas sim suscitada: produção em vez de apofântica. Ela não se dá por mediação de instrumentos, mas sim provocada por rituais, atraída por meio de ardis, apanhada segundo ocasiões: estratégia e não método. Deste acontecimento que assim se produz impressionando aquele que o buscava, a relação não é do objeto ao sujeito de conhecimento. E uma relação ambígua, reversível, que luta belicosamente por controle, dominação e vitória: uma relação de poder.

Para encerrar, relembro novamente nosso grande amigo George Orwell, que anteviu este momento reinaldiano:

As igrejas foram destroçadas e os sacerdotes expulsos ou mortos - O Daily Mal, entre aclamações do clero católico, teve a capacidade de apresentar Franco como um patriota que libertava o país das hordas de "vermelhos" demoníacos.

Veja agora o trecho do Reinaldo Azevedo:

Não lido bem com gritaria ou com hordas. Também não cedo ao fascismo politicamente correto. Boa parte do jornalismo esqueceu os princípios que norteiam uma sociedade democrática e de direito, a única que permite a existência do próprio jornalismo.
É ou não é um resumo de todo o mequetrefismo que tentei denunciar neste post? Se você concorda, sorria como a bela Carmella Bing:


Cumshot é com ela mesmo!

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