terça-feira, 13 de agosto de 2013

Dilma, aumente o preço da gasolina!

Todos conhecem a personagem Cathy Ames, do livro "A leste do Éden". Segundo o autor, um monstro que nasceu com um membro inexistente e que causa toda uma cadeia de eventos deletérios a uma região (Vale de Salinas), em especial aos seus filhos e ao pai deles.

Vale de Salinas
Nossa imprensa pós-democratização padece do mesmo desvio da normalidade. Nasceu rota, subtraída de uma peça em alguma fase do desenvolvimento nas câmaras de incubação (O brave new world, That has such people in't!), onde alguém deve ter esquecido de alimentar o locus do caráter no cérebro em desenvolvimento do feto.
A Tempestade - Shakespeare

Por isso, ao mostrar os resultados das ações da Petrobras, sempre omite que, por ser uma sociedade de economia mista federal, seu objetivo principal é o de auxiliar na política social do governo. Portanto, cabe a ela (Petrobras) até passar por fases de prejuízo se for para estabilizar preços.

Isso é o que ocorre exatamente agora. A despeito do lucro acima das expectativas , a Petrobras ainda sofre com o peso de segurar a inflação, pois pratica preços muito baixos para contrabalançar os preços não-administrados.

No entanto, dado o momento de relativa estagnação econômica, creio que um leve aumento no preço dos combustíveis ajude a Petrobras a fazer caixa para fazer frente aos investimentos que contratou. Seria uma decisão impopular, mas fundamental para o nosso futuro próximo, quando deixaremos de importar petróleo e, com isso, anularemos ou até ganharemos com as oscilações cambiais.

Mesmo sabendo de tudo isso, a nossa imprensa prefere, desde sempre, adotar o viés capitalista, de que empresas visam exclusivamente o lucro. Esse viés que embota a análise, e a única solução, conforme William Minto, é o uso da lógica. Lógica racional, não a de mercado, que por definição é enviesada para o lucro.







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