Kierkegaard, o filósofo cristão, dizia que em tempos de dificuldade, o gentio experimenta a autopiedade, o cristão se regozija. Enquanto aquele sente ressentimento, este se alegra, pois a tribulação é o caminho.
Esse ressentimento reverbera n'alma do infiel, transtornando-o, transformando suas convicções em bússola viciada, apontando sempre para o coitadismo.
No caso de José Serra, em seu recém-criado estilo passivo-agressivo de Neymar na grande área, bastava um espirro nas cercanias que ele cairia gritando pênalti. E coube a Sérgio Guerra, o idiota, o esbarrão catastrófico. Como José Serra não expele seu veneno em público, vale-se de suas "penas amestradas" para passar o recibo do ressentimento. Veja:
/ Blogs e Colunistas
26/08/2013
às 19:49Sérgio Guerra decide expulsar Serra do PSDB. Segundo entendo, ele acha que isso ajuda a eleger Aécio presidente, certo? ...
“Fui
presidente do PSDB por mais de cinco anos, e nunca vi nenhuma dessas
lideranças ativas se mobilizar para a realização de prévias. [...] Não
há duas candidaturas, mas só uma. Para disputa prévias, um postulante
tem de ter o apoio de pelo menos 30% dos filiados. José Serra não tem
3%. […] As coisas vão se resolver naturalmente porque não há massa
crítica para o Serra ser candidato, não tem apoio nas bases, nos
deputados, vereadores, senadores, nas lideranças. Em todos os Estados do
Brasil, não há um agrupamento que defenda a candidatura do Serra. A não
ser para alguns amigos dele de São Paulo, que não são tantos.”
Retomo
Evidentemente, não é uma declaração de aliado político, mas de inimigo. É uma declaração de quem quer Serra fora do PSDB.
Por qual razão? Ele deve saber. Por que isso seria bom para a eventual
candidatura do senador mineiro, isso permanece também um mistério, mas
alguma coisa deve explicar.
... (negritei)
Link do boneco de ventríloquo
Bom, acho que ficou bem claro que o Sérgio Guerra não falou nada que sugerisse sequer remotamente que desejaria Serra fora do PSDB. Mas o bloguista da Veja trata de criar a ambientação de perseguição, desrespeito e incompetência no PSDB para facilitar a justificativa da saída de José Serra dos quadros tucanos.
O "analista" ainda joga alguns números de pesquisas eleitorais para tentar provar que o Serra ainda é a melhor opção do tucanato para a eleição presidencial de 2014. Batido o enredo. Os mesmos argumentos (só não os mesmos números) que utilizou em 2009, quando Aécio exigia prévias. Claro que, inocentemente, esquece dos índices de rejeição e grau de conhecimento do eleitorado, que podem mudar todo o quadro.
Pois bem, fel é isso. E Serra está empedrando o dele.
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